terça-feira, 29 de abril de 2014

Seqüência 11 - uma biografia de turbulências



Eis que Tompinhão-Coelho achou melhor sair da cidade quando foi descoberto que era ele o cabeça de um grupo que escrevia e distribuía um jornal anônimo pelas madrugadas de Macuco.
Nos anos em que esteve fora, ele trabalhou como assistente de coveiro, usou drogas capazes de enlouquecer homens com o dobro do seu tamanho, escreveu textos elogiosamente pagos para líderes religiosos e, em um dia que tinha uma ferida no escroto, fez sexo desprotegido com uma garota de programa.
Tompinhão-Coelho voltou para casa depois de ser picado por uma cobra, esperando que ninguém se lembrasse do ódio que ele inflamara e que Furquinha lhe pagasse o que estava devendo. Nem uma coisa nem outra, mas três dias depois de pisar em solo macuquense levou uma coça que o fez se perguntar se pernoites no hospitaleco de Macuco seriam uma constante a partir de agora.

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