quarta-feira, 30 de abril de 2014

Seqüência 12: INT. – CASA DE NHENHENHEIM – MANHÃ, TARDE OU NOITE



Um ambiente tomado por fumaça, misturando sala, cozinha e lavanderia, com BUDAGORDA parado diante da geladeira aberta, braço apoiado na porta.

        BUDAGORDA
      (soltando fumaça pela boca enquanto grita)
ACABOU A COMIDA!

Deitados no chão, LEPRETÃO, NHENHENHEIM e SURIQUITO se mexem, mostrando que ainda estão vivos, apesar de mergulhados num tapete mais sujo que um cinzeiro.

        SURIQUITO
Sem larica não tem onda, só fome.

        LEPRETÃO
O que o poeta ali quer dizer é que precisamos forrar o bucho se vamos continuar fumetas dessa maneira.

        NHENHENHEIM
Eu entendi.

        SURIQUITO
Rola da gente roubar umas galinhas...

        NHENHENHEIM
Nessa velocidade pré-cambriana em que você se encontra?

        LEPRETÃO
Não entendi o pré-cambriana.

        SURIQUITO
Cala boca. Eu tenho uma idéia melhor.

        BUDAGORDA
Ninguém vai querer comer essa bunda magra olhando pra essa cara barbuda, rapa!

        SURIQUITO
Não, seu demente. Tô propondo da gente fazer o óbvio. Vender um pouco dessa erva e descolar uma grana.

        BUDAGORDA
Ih, mas eu não tenho vocação pra trafica.

        NHENHENHEIM
E o Pernalonga tem?

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