sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Seqüência 22 – É guerra!

Nos tempos difíceis que se seguiram, coalisões foram formadas, grupos se nomearam e amizades foram rompidas. Tudo por causa de um tatu, que depois de solto foi capturado pelo mecânico da oficina de motos, morto e assado na mesma tarde em que todos partilhavam de uma tensão tal, que não surpreenderia a ninguém se Pernalonga, a qualquer momento, se pusesse a escolher armas para um duelo.
Nhenhenheim e Lepretão souberam de tudo na rua, com Pernalonga gritando bêbado em frente ao bar de Alfredo, que ia matar o Chiquinfidaputa e enterrar num buraco de tatu. Foi Lepretão quem notou que o rapaz estava armado, daí, correu para avisar ao amigo, que por sua vez correu até o orelhão da avenida, onde os dois guardavam a maconha que levavam todos os dias para vender na rua.
Lagarto foi enviado para Macuco por Hosana, para ficar de olho nas coisas. Samurai chegou ao mesmo tempo que ele. Dois minutos depois, Tompinhão Coelho apareceu, com um baseadinho preso atrás da orelha.
- Você sabe que isso aí não é um lápis, certo?
- Olha pro Pernalonga, cara. Sem camisa, chapadão de ódio, berrando no meio da rua que vai matar alguém enquanto uma faca quase lhe cai do bolso. A polícia não vai prestar atenção no que eu tenho atrás da orelha, mas nem se eu parar do lado deles.